segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Reunião 02/12/2011

A última reunião do grupo de estudos será no dia 02/12/2011, às 14h00, no Espaço Redimunho, Rua Álvaro de Carvalho, 75 (próximo ao Metrô Anhangabaú).


O ponto de encontro será no Espaço Redimunho para a realização da performance proposta pela Cia do Miolo, não esqueçam de levar guarda-chuva, grande e preto!


Depois, a idéia é discutir o texto do Argan, que não tivemos tempo no dia 11/11, vejam o texto do André Carreira na postagem anterior.


até logo!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

André Carreira | Espaço urbano, medo e os labirintos dos mitos urbanos...

Espaço urbano, medo e os labirintos dos mitos urbanos... um rápido pensamento a partir de Giulio Carlo Argan

Escrito por André Carreira para o grupo de estudos A Cidade como Dramaturgia
(isto não é um artigo, é apenas uma provocação para as reflexões teóricas do grupo)

Como pensar a produção do artista, performer, ator no espaço da cidade se partimos da ideia de um espaço temido? Giulio Carlo Argan relaciona a cidade com o conceito de civilização (termos com a mesma origem). A cidade é um lugar que foi construído como lugar seguro oposto à natureza, que era a zona temida. Antes do desenvolvimento do capitalismo foi o lugar fechado e seguro. Posteriormente, a cidade se transformou em lugar do medo. Vivemos percebendo os perigos que nos cercam. Paradoxalmente, sentimos que este ambiente nos alberga na nossa fantasia de um mundo moderno. A tecnologia e todo o aparato urbano (seus hospitais, delegacias, escolas, etc.) nos garantiriam a segurança que desejamos. Talvez por isso estamos na cidade construindo um imaginário que vislumbra uma contemporaneidade que é uma promessa de felicidade (?).
Para Argan poderia se dizer que “e a cidade não houvesse se desenvolvido como a megalópole industrial contemporânea as filosofias da angústia existencial e da alienação teriam bem pouco sentido.” Consequentemente, a cidade seria a nossa doença. Seríamos sintomas da cidade. Podemos ser ao mesmo tempo construtores da cidade da qual somos decorrência sintomática? Ou exatamente isso que nos coloca no cerce da lógica urbana? Assumir como tecido da cidade os diferentes planos e tensões da angústia e as práticas da alienação, nos conduziria a um diálogo no qual por afirmação ou contradição, reposiciona o sujeito e seus desejos frente ao ambiente. No lado oposto temos a instituição e seus desígnios técno organizacionais.
Nesta cidade a realidade não seria mais dada em escala humana (ela não poderia ser concebida, pensada, compreendida pelo homem, só poderia ser sofrida). Ela, a realidade, existiria então, em dimensões infinitamente grandes e infinitamente pequenas, iria do superior ao inferior.
Outro conceito que Argan propõe, claramente em articulação com os conceitos do urbanista norte americano Kevin Lynch é o de ambiente urbano. Para o autor italiano este ambiente urbano, seria diferente daquilo que chamamos de ‘espaço urbano’. Portanto, “o espaço é projetável, é produto de projetos, enquanto o ambiente pode ser condicionado, mas não estruturado ou projetado”.
Argan relaciona essa ideia com a perspectiva proposta por Lynch quem delimitou os significados psicológicos do ambiente urbano. (215) Essa percepção outorgou ao usuário um papel importante na compreensão dos processo de construção dos sentidos, isto é, da imagem da cidade. Assim, os referentes (marcos, vias, bairros, etc) seriam reconhecidos pelos usuários de modo a que conjugando tais elementos se articularia a imagem da cidade, chave para a edificação do ambiente urbano.
Mas, Argan não pensa o ambiente urbano de forma abstrata. Ele o relaciona de maneira direta com a sociedade de consumo, caracterizada fundamentalmente como opressiva e repressiva. Consequentemente, Argan define o ambiente como opressivo e afirma que nisso está nossa amarga, e alienante experiência cotidiana.
Indo a um ponto mais extremo Argan diz que “a cidade pode ser considerada em si mesma um bem de consumo, isto é um sistema global de informações destinado a determinar o máximo de consumo de informações” (217). Este sistema de informações não seria responsável apenas pela difusão de dados e
informações, mas também pela indução de conhecimentos e modelos culturais, normatizando a vida no urbano, construindo (opressivamente) os padrões dos comportamentos.
A essa tendência do sistema Argan opõe como alternativa a possibilidade de “colocar *esse sujeito+ em condições de não consumir as coisas que gostariam de fazê-lo consumir ou de consumi-las de maneira diferente da que gostariam que as consumisse, de consumi-las fora daquele tipo de consumo imediato, indiscriminado e total que é prescrito como sistema de poder, pela sociedade de consumo. Para Argan se existe alguma alternativa aos processos opressivos e repressivos do consumo como sistema cultural, isso se daria pela restituição ou conservação de certa liberdade de escolha e de decisão. Essa liberdade, ainda que parcial e operacional, poderia criar “disponibilidade para engajamentos decisivos, inclusive no campo político”. Quando restituímos ao indivíduo a capacidade de interpretar e utilizar o ambiente urbano de uma maneira diferente das prescrições implícitas no projeto institucional estaríamos estimulando ações criativas do ambiente. Assim, surgiriam possibilidade de não se assimilar, mas de se reagir ao ambiente (216).
Refletindo sobre a arte na cidade, Argan comenta que temos principalmente uma “Arte-não produto”. De fato “hoje temos a arte como não-produto, o que [seria] evidentemente, a uma [forma drástica da arte contemporânea e] das contestações do sistema, porque em um sistema em que tudo se compra e se consome, o que reivindica para si o privilégio de não ser nem vendável, nem comprável é evidentemente algo que se declara irredutível ao sistema.” (221) Indo além, Argan diz que esta arte “não é para vender, nem para comprar, (...) mas sim para consumir, aliás consumir logo, imediatamente. É proibido embrulhá-la e levá-la para casa... talvez nem seja algo para se consumir de imediato, porque já é dada como algo consumido, que já entrou em circulação em nosso organismo. Não podemos mais que deixá-la cumprir sua função orgânica no inconsciente coletivo, que ocupou o lugar do consciente individual no homem da massa” (221).
É interessante relacionar isso com o mapa do site specific que propõe Miown Kiwon no seu livro XXX, pois a autora aponta estratégias que museus e curadorias descobriram para reintroduzir a “arte não produto” nos fluxos do mercado de arte. Podemos dizer que o olhar de Argan poderia ser discutido pois, em princípio ele perceberia uma capacidade intacta nesta arte frente à lógica do sistema de informações. No entanto, apesar disso o autor diz, ainda em relação com a vocação da arte não-produto, que esta arte implicaria que “o próprio momento da percepção [dela] torna-se supérfluo e dado como já acontecido”, pois o eixo dessa produção seria sua “redução final a noticia”.
Argan destaca que esta arte “nem sequer pede ser percebida, evita o trauma da percepção e, justamente porque é e quer ser apenas notícia, contenta-se com ser notada, não dando nenhuma importância ao trauma da informação inesperada” Esta posição extrema e polêmica sustenta seu ponto de vista segundo o qual estamos, no limiar de uma estética do acontecimento. Mas o autor diz que “nada de estranho *há nisso+, pois que já havíamos chegado aos antípodas da forma. “ (222) Um elemento para a reflexão seria em pensar em que medida isso nos coloca frente uma crítica a esta arte que abre mão de toda estética e, inevitavelmente, cai no terreno da notícia. O elemento do bizarro, do inusitado é um elemento sedutor para as composições de uma cena no urbano, mas em que medida continua nos importando a possibilidade de que exista um elemento ficcional como ponto de sustentação da relação com o outro, isto é, com aquele que caminha pelas ruas?
Para Argan é interessante distinguir estes acontecimentos da vida cotidiana que segue seu rumo. Ao perguntar-se: “qual acontecimento constitui essa estética?”, o autor identifica a arte na cidade como “um acontecimento artificial, [um] acontecimento urbano que por onde quer que se produza, se
produzirá sempre na cidade”. Assim, ele está fazendo uma diferenciação com os outros acontecimentos. Por isso, para Argan “há apenas uma alternativa: ou será um acontecimento qualquer que não se poderá distinguir dos outros, infinitos, que ocorrem na cidade e que será imediatamente absolvido, assimilado e esquecido no ambiente opressivo e repressivo da cidade moderna, ou será um acontecimento diferente, um acontecimento interpretável.”
Essa característica (“ser interpretável”) faz com que “todo acontecimento que não se preste apenas a ser recebido passivamente, isto é, qualquer notícia que não seja aceita estupidamente, [tal] como é transmitida pelas estações de rádios ou canais de televisão, encerra em si a virtualidade, a candidatura a ser acontecimento histórico”. (222) Evidentemente, isso nos desafiaria a descobrir como construir uma arte na cidade que não esteja impulsionada pela expectativa da notícia, que não tenha a vocação de se fazer unicamente como um fato inusitado, que como as notícias do dia a dia, só importam no momento da sua enunciação, já órfãos de um futuro, de alguma reverberação. Para Argan, ao estar imune à interpretação, isto é, a uma apropriação como acontecimento artístico, a obra perderia sua qualidade de arte. Com certeza essa posição é discutível, por isso merece uma inflexão que permita pensar que o que o autor está nos colocando é uma reflexão sobre o lugar da arte nos tempos que correm.
Concluindo seu pensamento sobre arte e cidade, Argan afirma que os artistas que dialogam com a cidade deveriam pensar na perspectiva de um “urbanismo geral” (224). Seu ponto de vista nasce da certeza que a arquitetura não projeta mais, e se esta não que cria hipóteses para desdobramentos ambientais, os criadores de uma arte na cidade estariam interferindo diretamente na conformação da noção de cidade. Finalmente, podemos ver como Argan abre um espaço para uma arte que teria o papel central nas transformações da cidade.

sábado, 5 de novembro de 2011

Reunião 11/11/2011_ INTERVENÇÃO/PERFORMANCE

Nosso próximo encontro, no dia 11/11, vai começar mais cedo: das 14h00-17h30. O ponto de encontro será a sede do Teatro da Vertigem e depois iremos para as ruas!

Todos os participantes podem trazer propostas para a intervenção/performance nas ruas do bixiga. Estas serão discutidas e selecionadas para serem realizadas por nós mesmos, pois é vamos todos para a ação...

obs. foi solicitado um vestido de noiva e um guarda-chuva preto para duas das intervenções/performances já planejadas no último encontro.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Reunião 04/11/2011

Para o debate da próxima reunião do grupo, dia 04/11/2011, das 14h30 às 17h, foram separados os seguintes temas:

1ª parte_ textos:

- Cidade ideal e cidade real - escrito por Giulio Carlo Argan.

Esse texto faz parte do livro História da arte como história da cidade e defende que as cidades são uma obra de arte resultante de ações coletivas e humanas complexamente emaranhadas. Foi escrito por Giulio Carlo Argan (1909-1992), um historiador e teórico da arte italiano que desenvolveu um importante trabalho teórico, suas obras são referência nos cursos de história da arte no mundo todo. Também foi prefeito e senador de Roma pelo partido Comunista Italiano.



- Bia Medeiros

Maria Beatriz de Medeiros (Rio de Janeiro RJ, 1955), coordenadora do Grupo de Pesquisa Corpos Informáticos - Pesquisa Translingüística refere-se à relação do homem com a máquina, com as novas tecnologias modificadoras do organismo simbólico do indivíduo contemporâneo.

http://www.corpos.org/
http://corpos.blogspot.com/
imagem: encerando a chuva na Candangolândia com carro pipa na seca (97 dias sem chuva no cerrado central)



2ª parte_ estudos de caso:

- Francis Alys

Artista belga (1959), desenvolve trabalhos de arte interrelacionando espaço e sociedade.

http://www.francisalys.com/

imagem: Painting / Retoque
Paraíso, Panama 20088:31 min


- Generik Vapeur

Uma companhia de teatro de rua musical (1984), formada por 20 artistas/técnicos.

http://www.generikvapeur.com/html/home3.htm

imagem: Virada Cultural de São Paulo (2008)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Reunião 21/10/2011 - RETORNO DO GRUPO DE ESTUDOS

Nesta sexta feira, dia 21/10, das 14h30 às 17hs, vamos finalmente retomar o grupo de estudos! Nossa reunião será no local de sempre: Teatro da Vertigem - Rua 13 de Maio, 240 - Bela Vista.

Aguardo todos os participantes e lembramos que nosso grupo é aberto à pessoas interessadas em debater sobre o teatro que trabalha a cidade como dramaturgia.

Até lá ... ;)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

interação entre corpo/espaço e som/imagem/movimento tendo como instrumento a computação

No domingo, 3/4/11, fui ao MIS (Museu da Imagem e do Som) para ver a exposição Perceptum Mutantis e assistir a performance Euphorie que é um evento relacionado a esta exposição.
Liguei imediatamente esses eventos aos nossos estudos do grupo, principalmente da discussão sobre o livro One Place after Another: Notes on Site Specificity sobre site specifc art, conceito que foi utilizado nas obras da exposição. Além disso, a performance Euphorie (um projeto criado pelo grupo francês 1024 Arquitecture, formado pelo músico Fernand Favre e pelo videoartísta e arquiteto François Wunschel, ambos ex-integrantes do conceituado coletivo EXYZT), foi inspiradora no que diz respeito a interação entre corpo, espaço, sons e imagens, tendo como instrumento a computação e programação.

O que eles fizeram no auditório do MIS pode ser um instrumento cenográfico, muito potente, para o teatro que utiliza a cidade como dramaturgia.


E entrar no site do grupo francês de live-cinema 1024 Arquitecture, que fez a performance: http://www.1024architecture.net/

Quando o grupo de estudos retornar podemos retomar isso se acharem interessante, que tal? Um abraço a todos e se acharem algo que valha a pena adicionar ao blog, para debates futuros do grupo, entre em contato comigo, mandem email!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Reunião 24/02/2011 - Imaginários Urbanos


Na próxima reunião, do dia 24/02/2011, iremos discutir sobre o livro Imaginários Urbanos, mais especificamente o capítulo 3, Viagens e imaginário urbano, do autor Nestor Garcia Canclini.

O livro foi baseado em três palestras oferecidas na Universidade de Buenos Aires, Néstor García Canclini problematiza algumas questões-chave na agenda dos estudos culturais.

A primeira das palestras intitulado “After Postmodernism” (Depois do Pós-Modernismo). A reabertura do debate sobre a modernidade” levantou a necessidade de uma redefinição do conceito de culturas híbridas através dos conceitos de emancipação, a restauração, a democratização e expansão, a chave para uma compreensão da modernidade em que essas culturas devem ser compreendidos.

A segunda conferência, “Cidades multicultural e contradições da modernidade”, sugere o pensamento sobre as cidades contemporâneas e espaços megacidades até não só pelo material, mas também simbólico e imaginário espaços em conexão com um fundo multicultural de seus habitantes.

O último seminário, que será nesta reunião o nosso objeto de estudo, “Viagens e imaginário urbano” é baseado em uma experiência de pesquisa, realizada por García Canclini, onde percebemos a força imaginária da capital mexicana, através de inquéritos aos seus habitantes que fizeram uso da cidade nas rotas diárias de viagens para diversos lugares.

Documento no link:
http://www.scribd.com/doc/22339011/Garcia-Canclini-Nestor-Imaginarios-Urbanos

fonte: desenvolvimentoemquestao.wordpress.com - data 23/02/2011.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Reunião 17/02/2011 - Pelo Espaço

Na reunião do dia 17/02/2011, vamos discutir o livro: Pelo Espaço de Massey, Doreen.

baixe o texto no link:
http://www.scribd.com/doc/48764964/texto-17-02

Apresentando apaixonado debate para a revitalização do modo como imaginamos o espaço, Doreen Massey, ganhadora do mais importante prêmio mundial da geografia, utiliza em Pelo espaço alguns pressupostos tradicionais da filosofia e algumas formas conhecidas de caracterizar o mundo do século XXI, e, a partir daí, mostra como limitam nossa compreensão, tanto do desafio quanto da potencialidade do espaço.O modo como pensamos o espaço é importante. Muda nossa compreensão do mundo, nossas atitudes para com os outros, nossas políticas. Afeta, por exemplo, a forma como entendemos a globalização, o modo como abordamos as cidades, a maneira como desenvolvemos e praticamos um sentido de lugar. Se o tempo é a dimensão da mudança, então o espaço é a dimensão do social: a coexistência contemporânea de outros. Esse é seu desafio, que tem sido, constantemente, evitado. Pelo espaço segue essa discussão através do engajamento filosófico e teórico, e também da manifestação de reflexões pessoais e políticas. Doreen Massey levanta questões como: qual a melhor forma de caracterizar esses tempos ditos espaciais, de que maneira esses pressupostos espaciais implícitos moldam nossas políticas e como poderíamos desenvolver a responsabilidade pelo lugar para além do lugar."O argumento fundamental deste livro é que importa o modo como pensamos o espaço", afirma a autora. "O espaço é uma dimensão implícita que molda nossas cosmologias estruturantes. Ele modula nossos entendimentos do mundo, nossas atitudes frente aos outros, nossa política. Afeta o modo como entendemos a globalização, como abordamos as cidades e desenvolvemos e praticamos um sentido de lugar. Se o tempo é a dimensão da mudança, então o espaço é a dimensão do social: da coexistência contemporânea de outros. E isso é ao mesmo tempo um prazer e um desafio."Pelo espaço, de Doreen Massey, é leitura essencial para todos que se interessam pelo espaço e pela virada espacial nas ciências sociais e humanas. Sério, mas às vezes irreverente, é um manifesto que se faz necessário, que nos obriga a reimaginar espaços para esta época e enfrentar seus desafios.
fonte:www.terradosaber.com

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Reunião 27/01/2011 - One Place after Another


Na reunião da próxima quinta, 27/01/2011,
será discutido o livro:


One Place after Another: Notes on Site Specificity
Miwon Kwon

link para o texto:
http://www.scribd.com/doc/47572149/texto-discussao-dia-27



segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Já debatidos_Elogio aos errantes: a arte de se perder na cidade


O objetivo de falar aqui no blog dos textos já debatidos pelo grupo de estudos, é torná-los conhecidos aos novos participantes e também relembrar e/ou voltar a alguns temas.

Nesta postagem faremos um breve comentário ao título: Elogio aos errantes: a arte de se perder na cidade. Publicado no livro Corpos e cenários urbanos, organizado por Paola Berenstein Jaques e Henri Pierre Jeudy.

O texto fala sobre as errâncias urbanas, que são um tipo específico de apropriação do espaço público, uma postura com relação à arquitetura e, principalmente, com o "outro" na cidade. Existe um conhecimento espacial próprio dos errantes urbanos, ou uma forma de apreensão, que ele relaciona com um saber subjetivo, lúdico, amoroso. São sobretudo as vivencias e ações que contam, as apropriações com seus desvios e atalhos, e estas não precisam necessáriamente ser vistas, mas sim experimentadas, com todos os outros sentidos corporais.

Texto pode ser baixado no link:
www.laboratoriourbano.ufba.br/download.php?idArquivo=12

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Reunião 20/01/2011 - Los Objetos Singulares


A primeira reunião do grupo de estudos, em 2011, acontecerá no dia 20/01/2011, quinta-feira,
no Teatro da Vertigem. Atenção a mudança de horário: 19h às 21h30

texto discutido:
Los objetos singulares. Arquitectura y filosofía
autores:
Jean Baudrillard e Jean Nouvel

Em torno dos objetos singulares acontece a conversa entre o filósofo
Jean Baudrillard e o arquiteto Jean Nouvel. O que é um objeto singular? É o oposto do neutro, ao global; é o irrepetível, o que guarda um segredo, o que seduz... estas são algumas das questões tratadas neste livro a serem debatidas na reunião do grupo...